quarta-feira, 30 de junho de 2010

O Homem do Terno Marrom

Projeto Agatha Christie

imageO HOMEM DO TERNO MARROM – Agatha Christie

Quinta leitura do Projeto Agatha Christie proposto pela Tábata do Blog Happy Batatinha, totalizando 1.073 páginas já lidas – 6,10% do projeto concluído, com finalização da leitura deste livro em 15/06/10.

 

Esse livro é um misto de romance policial com aventura.

Após a morte de seu pai, um renomado antropólogo, Anne Beddingfield, sozinha no mundo, resolve sair em busca de aventuras. Em Londres presencia um acidente no metro, para a polícia, mais um acidente, mas para a jovem Anne, um assassinato!

Com poucas pistas a respeito do ocorrido no metro e dinheiro, menos ainda, Anne investe tudo o que tem numa aventura e logo se encontra a bordo de um navio rumando para a África, seu objetivo? Atrás de pistas para descobrir o ocorrido na Estação de Hyde Park e outras situações como o fato de Mill House e vender a matéria para o jornal Daily Budget.

Ambiciosa, corajosa e determinada, segue firme em sua investigação, conhecendo pessoas durante a viagem e na África, onde personagens figuram em dados momentos em sua lista de suspeitos, mas no bom estilo de Agatha Christie, logo migram para a lista dos imaculados, o que torna um tanto difícil apontar para o verdadeiro chefe da quadrilha, ou o “Coronel” que comanda uma quadrilha que tem ramificações em diversas partes do mundo.

O livro é permeado com as narrativas de Anne e o que escreve Sir Eustace Pedler em seu diário. A trama acontece em torno de um antigo roubo de diamantes e o assassinato em Mill House, e “matando” essa charada, todo enigma, presa e caçador vem à tona!

O enigma, as pistas, o desenrolar, a fluidez da história, torna muitas partes demasiadamente embaralhadas, confusas, com muitas reviravoltas, o que acaba confundindo “nossa investigação”, gostei do final, a Bela Moça da cidade grande parte em busca de aventura e acaba encontrando-o, além de seu grande amor e maternidade. Não é um dos melhores da Rainha do Crime, mas merece respeito pela trama engenhosa.

Avaliei esse livro com uma nota 7,0 – Bom.

Veja Livro e meu Perfil no Skoob.

Capas do Livro:

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segunda-feira, 28 de junho de 2010

Cordisburgo ganha portal para lembrar Guimarães Rosa

'Portal Grande Sertão' será instalado no domingo, na cidade natal do autor de 'Grande Sertão: Veredas'

Entre Cordisburgo e Guimarães Rosa parece haver pouca diferença. É que a cidade natal de João Guimarães Rosa, autor de Grande Sertão: Veredas, incorporou de tal maneira a identidade do médico e escritor que fica difícil dissociar cidade e pessoa.

image Essa espécie de simbiose será ainda mais sedimentada, ontem (27/06) a cidade teve o seu Portal Grande Sertão, criado pelo artista Leo Santana, o mesmo que criou a escultura do poeta Carlos Drummond de Andrade que fica na praia de Copacabana no Rio, além de obras sobre outros escritores mineiros instaladas em Belo Horizonte, entre eles, Fernando Sabino, Hélio Pellegrino, Otto Lara Resende e Paulo Mendes Campos (Biblioteca Estadual Luís de Bessa).

O pórtico de Cordisburgo, que fica a 113 km de Belo Horizonte, retrata o sertão, num projeto entre o governo de MG, a prefeitura da cidade e da associação de amigos do Museu Casa Guimarães Rosa. É feito com uma chapa de ferro onde se destacam a imagem em bronze do escritor e de vaqueiros em seus cavalos e também a de um cão, figuras frequentes no sertão e na obra de Rosa.


Obras do Escritor:

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Trechos pendurados de Grande Sertão: Veredas, a obra-prima de Guimarães Rosa, no
Salão de Exposições Temporárias do Museu da Língua Portuguesa.

 


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sexta-feira, 25 de junho de 2010

Eu Sou o Último Judeu

Eu Sou o Último Judeu - Treblinka (1942-1943)

"Estamos preocupados, pois o trem fez meia-volta. Olhamos uns para os outros. O que está acontecendo? Constato que estamos perdidos. É o fim." Chil Rajchman, em um dos muitos momentos em que achou que seria assassinado.

Nenhum campo de extermínio foi tão longe na racionalização do assassinato em massa quanto Treblinka. Lá, cerca de 750.000 judeus foram mortos. Apenas 57 sobreviveram. Chil Rajchman foi um deles.

Por dez meses, sobreviveu ao absoluto terror. Carregou cadáveres em decomposição. Extraiu dentes dos mortos para que os nazistas aproveitassem o ouro, lavando-os em vasilhas cujos restos de água sanguinolenta mataram a sede de outros prisioneiros. Testemunhou suicídios, empalamentos, centenas de execuções. Foi chicoteado diariamente, teve tifo, sarna.

Em agosto de 1943, Chil e outros prisioneiros conseguiram pôr em prática um plano de revolta. Ele foi um dos últimos judeus a escapar de Treblinka. Seu relato avassalador e detalhado, escrito ainda durante a guerra e até agora inédito, vem a público acompanhado por fotografias, mapas e a planta do campo de extermínio.

Um importante testemunho do que preferíamos esquecer, mas não podemos.

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“Este texto poderia ter sido publicado há 60 anos. Poderia também nunca ter sido publicado. De todos os testemunhos da máquina de extermínio nazista, este é um dos mais excepcionais, escrito antes do fim da guerra por um homem que foi ao mesmo tempo uma testemunha, uma vítima e um sobrevivente.” 
Libération

Saiba mais aqui!

Já coloquei esse livro na minha Whishlistr - http://www.wishlistr.com/newstein/

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Primeira Biografia de Saramago

José Saramago morreu na manhã desta sexta-feira (18), aos 87 anos. Filho e neto de camponeses pobres, Saramago nasceu na aldeia de Azinhaga, na Província do Ribatejo (sul de Portugal), em 16 de novembro de 1922.

imageSua primeira biografia chegou às livrarias brasileiras em maio deste ano. "Saramago: uma Biografia" (LeYa, 2010), do escritor também português João Marques Lopes, acompanha a vida de um dos mais importantes escritores da história da literatura portuguesa.

Do seu nascimento em Azinhaga, Golegã, até o lançamento do polêmico "Caim", Saramago e sua carreira literária são radiografados por Lopes em 248 páginas. O exemplar percorre também a vida política do Nobel de Literatura e destaca os episódios polêmicos, como a demissão de jornalistas do "Diário de Notícias", tempo em que era diretor do jornal português.

O biógrafo detalha o veto de "O Evangelho Segundo Jesus Cristo" ao Prêmio Literário Europeu. Com a decisão de Saramago, o então subsecretário de Estado da Cultura do Governo Cavaco Silva Sousa Lara provoca contestações a qualquer tipo de censura à criação artística. A repercussão faz com que o escritor português decida viver na ilha espanhola de Lanzarote, nas Canárias.

Esta Biografia está disponível na Livraria da Folha por R$31,90 (preço nesta data 18/06).

Quer dar uma olhada no conteúdo do livro? Acesse uma parte da Biografia – 1 – O Menino Pobre (1922 – 1933), cortesia da Livraria Cultura.

Saramago, descanse em paz!

imageJOSÉ SARAMAGO (16/11/1922 – 18/06/2010) -  É com grande pesar que recebi a notícia de que o Nobel de literatura, José Saramago, escritor português autor de várias obras, sendo a mais recente – Caim, morreu nesta sexta-feira – 18/06 aos 87 anos em sua casa em Lanzarote, nas Ilhas Canárias, segundo fontes de sua família, o escritor morreu em sua residência depois de ter passado uma noite tranquila.

O autor, cuja frágil saúde provocou temores sobre sua vida há alguns anos, publicou no final de 2009 seu último romance "Caim", um olhar irônico sobre o Velho Testamento, muito criticado pela Igreja, livro este que li ainda em 2010. Leia minha resenha aqui!

 

Algumas obras de José Saramago.

"Terra do pecado"
"Manual de pintura e caligrafia"
"Levantado do chão
"Memorial do convento"
"O ano da morte de Ricardo Reis"
"A jangada de pedra"
"História do cerco de Lisboa"
"O Evangelho segundo Jesus Cristo"
"Ensaio sobre a cegueira"
"Todos os nomes"
"A caverna"
"O homem duplicado"
"Ensaio sobre a lucidez"
"As intermitências da morte"
"A viagem do elefante"
"Caim"

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Bibliotecas no Mundo

Associação Biblioteca Comunitária Maria das Neves Prado (Brasil – Nova Soure) – Visite aqui!

Fazendo minha pesquisa para apresentar o quadro Bibliotecas no Mundo, estava com a intenção de mostrar algo estilo “Guinness Book”, mas algo inusitado, e não é que encontrei?!?!

Na cidade de Nova Soure (BA), existe a maior Biblioteca Comunitária do mundo localizada em comunidades rurais com até 50 mil habitantes. Interessei-me logo de primeira, fiz um contato telefônico com a Biblioteca e conversei com o Sr. Arivaldo, pessoa simpática e muito prestativa, me informou que atualmente a biblioteca já conta com mais de 70 mil exemplares de livros especializados, excluíndo os didáticos. O público frequentador dessa maravilha incrustada no interior da Bahia são de na maioria estudantes e professores, seguidos da população em geral. A biblioteca tem um programa de fomento à leitura, podemos citar o “Data da Leitura”, onde comemoram alguma data histórica, um personagem da região, seguido de muito material e informação, etc., promovem também a “Semana da Ciência e Tecnologia” que objetiva popularizar e estimular o interesse pela ciência.
A Biblioteca está de portas abertas para receber visitantes e doações de livros de qualquer natureza,(vou fazer a minha parte e enviar livros!) E você???
O endereço para envio de doações de livros é o que segue:
Associação Biblioteca Comunitária Maria das Neves Prado
Povoado São José do Paiaiá, s/nº
Nova Soure – BA
CEP: 48.460-000
Telefone para contato: (75) 3437-7013
O Blog da Biblioteca é: http://www.bibliotecadepaiaia.blogspot.com

Segue matéria pinçada do Instituto Futuro.

imageMuitos dos moradores de São José do Paiaiá, distrito de Nova Soure (BA), sequer sabiam o que era uma biblioteca até a inauguração da Biblioteca Comunitária Maria das Neves Prado, em 2002.


Hoje, a instituição tem quase 50 mil livros e seus fundadores a classificam como a maior biblioteca comunitária do mundo instalada em comunidades rurais com até 50 mil habitantes.

A chegada da biblioteca transformou o pequeno povoado que fica a 320 quilômetros de Salvador num oásis em pleno semi-árido. A comunidade, um povoado com população inferior a mil pessoas e apenas uma rua pavimentada, passou até a receber visitantes de cidades próximas.
São 450 usuários por mês na incansável biblioteca, que funciona todos os dias, das 8 às 21h, inclusive domingos e feriados.
A biblioteca comunitária estampa em sua fachada uma epígrafe do dramaturgo alemão Bertold Brecht: “O pior analfabeto é o analfabeto político. Ele não ouve, não fala, nem participa dos acontecimentos políticos...”.

Além de extenso, o acervo tem cerca de 2 mil obras raras. Lá é possível encontrar preciosidades como a primeira edição de “Casa Grande & Senzala”, de Gilberto Freyre, a obra completa de João Cabral de Melo Neto – autografada pelo escritor – e a edição de 1732 (em francês) da obra completa de Molière.
Os usuários podem ainda assistir a DVDs ou consultar os 10 mil periódicos disponíveis. A Biblioteca Maria das Neves também diversifica as suas atividades, promovendo cursos e debates sobre meio ambiente, desenvolvimento local, cidadania etc.

IMG_1101  A criação da biblioteca é fruto da iniciativa de um ex-morador de São José do Paiaiá, que sonhava em ser médico, embora sua mãe dissesse que aquilo “era apenas sonho de pobre”.
Geraldo Prado, hoje com 67 anos e pesquisador do CNPq, conta como a biblioteca está oferecendo oportunidades que ele nunca teve:
- Seis meninos que estudaram na biblioteca passaram em universidades públicas da Bahia e de Sergipe. Acho que dois deles já estão se formando.

Geraldo seguiu a sina de seus conterrâneos e tantos outros nordestinos: ir para São Paulo em busca de emprego. Chegou lá em 1962, apenas tendo completado o primário.
Foi faxineiro e porteiro num prédio no centro da cidade, "na zona do baixo meretrício". Fez  supletivo morando na casa de máquinas do elevador do prédio e precisou escolher a menor concorrência (Curso de Português-Chinês) para passar no vestibular da USP.
 
 

IMG_1115Recorda que só conheceu uma biblioteca quando tinha 14 anos, em Salvador, no Colégio Central da Bahia. “Lembro que fiquei parado olhando para tantos livros, porque até então eu só tinha um (Na Sombra do Arco-Íris, de Malba Tahan), presente da professora Maria Ivete Dias (mãe de Ivete Sangalo)”
Ao longo dos anos, Geraldo acumulou uma coleção de 30 mil livros, mesmo que isso significasse sacrifícios.
- Se passasse por um sebo ou por uma livraria e tivesse um livro que me agradasse, e eu só tivesse o dinheiro da comida ou da passagem do ônibus, preferia ficar com fome e voltar para casa a pé, mas comprava o livro – diz.
Geraldo, como a Asa Branca, voltou para o sertão para compartilhar com pessoas que “não sabiam o que era uma biblioteca” sua paixão pelos livros. O nome da biblioteca é uma homenagem à sua irmã (Sinhá Prado), que o alfabetizou.
 
 


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domingo, 13 de junho de 2010

O Retorno

image Caros amigos, depois de um longo período afastado de meu blog, das publicações e de meus livros e leituras, quero compartilhar com vocês o ocorrido: Tudo começou com uma crise de estresse e estafa, meu sistema imunológico ficou debilitado, fiquei gripado, essa gripe acabou me derrubando, tratei de início (meu erro) com os antigripais comuns de farmácia, que acabou mascarando o problema maior. 

Resumindo, baixei na urgência e emergência da UNIMED com fortes (MUITO FORTE) dores no lado esquerdo do peito, de início, foram feitos vários exames para certificar que não era nada cardíaco, foi descartado, acabei sendo diagnosticado como se fosse (pasmem!) um torcicolo, “… Doutora, torcicolo??? Eu sei o que é uma dor de torcicolo!!!…”  Aplicaram um injetável de um relaxante muscular e recebi alta, fui para casa ainda com dores no peito, tive a pior noite de minha vida, febre, muita febre alta, dores, muita dores, náusea e crise de vômito, e o ciclo recomeçava…

Amanheceu o dia eu estava delirando e não compreendia mais nada, estava fora de mim, minha esposa e meu sogro me levaram novamente para a urgência e emergência da UNIMED, uma nova médica e nova bateria de exames, por sorte, solicitou novamente um hemograma e uma radiografia do tórax, meus leucócitos estavam nas alturas e a radiografia mostrou uma mancha no pulmão que inicialmente foi diagnosticado como uma possível pneumonia, fui encaminhado para a observação e logo recebi antibióticos via intravenosa e mais uma “carrada”  de medicamentos. Nessa altura do campeonato, não tinha mais ciência de nada, estava totalmente fora de mim, lembro somente da “Doutora” comunicando a minha esposa da suspeita de pneumonia e que ela estava requisitando uma tomografia para confirmar…

Passou-se um tempo e as drogas começaram a fazer algum efeito, tive uma pequena melhora, com isso, fui encaminhado para a tomografia, essa foi a pior parte pois para fazer o exame, eu tinha que encher os pulmões de ar e segurar a respiração… mas como fazer isso??? A dor essa insuportável sem fazer nenhum esforço para respirar, imagine respirar fundo e trancar a respiração?!?! Foi um exame interminável e insuportável….

Com o resultado da tomografia, foi confirmado o diagnóstico de pneumonia e fomos informados (eu e minha esposa) que eu teria que ser internado e que o setor de transferência da urgência e emergência já estava cuidando dessa parte burocrática. Perguntei quanto tempo seria esse período de internação hospitalar, fui informado (para meu desespero) de que seria pelo menos de 7 à 10 dias!

No final deste dia fatídico fui transferido (uhu! andei de UTI móvel) para o hospital do coração onde fiquei internado 8 dias, muitos exames, muitos remédios, muitos soros, muitas picadas, veias estouradas, muito antibiótico, aerossol, noites mal dormidas, enfermeiras me acordando de 3 em 3 horas para me medicar, ou seja, um inferno na terra!!!

Recebi alta, mais 8 dias de atestado e repouso em casa, mais medicação, aerossol, etc…
Hoje estou aqui escrevendo com uma recuperação quase que completa e como resumo da ópera, digo-lhes que não briquem com uma “simples gripe” pois vocês viram o que pode acontecer…

Aproveito para agradecer a todos que neste período me ajudaram e deram uma enorme força tanto para mim, quanto para minha esposa e meu filho. Agradeço imensamente a minha esposa, ao meu lindo filho que ia me visitar (eu descia escondido para ver ele na portaria – quando não estava com soro e medicamento espetado em meu braço!) meu cunhado (eu disse: “meu cunhado”), ao meu sogro, a minha sogra (isso mesmo, a minha SOGRA), ao meu pai e aos colegas do trabalho!