terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Assassinato no Campo de Golfe

Projeto Agatha Christie

image Assassinato no Campo de Golfe – Esta é a terceira leitura dentro do Projeto Agatha Christie, com 3,66% concluído e com 690 páginas já lidas.
O detetive belga, Hercule Poirot, recebe uma carta da França que continha um pedido de ajuda, prontamente ele e seu companheiro, o capitão Hastings partem para a França. Ao chegar à residência da pessoa que pediu socorro, eles se deparam com uma surpresa, ficam sabendo que o mesmo fora assassinado na noite anterior e que o corpo fora achado num campo de golfe vizinho.

Começa aí então, por conta própria de Poirot e colaborando com a polícia francesa uma minuciosa investigação. Nessa narração, aparece uma figura repudiada por Poirot, tanto por seus métodos, como por sua personalidade (um tanto soberbo, arrogante e altaneiro) o detetive francês Giraud. Os dois detetives travam uma disputa para ver quem desvenda o crime primeiro, é claro que não preciso nomear o “vencedor”.

Durante suas investigações, Poirot levanta uma questão: Qual seria a relação entre dois crimes parecidos em seus métodos ocorridos num intervalo de 20 anos? A partir dessa pergunta, Poirot faz várias incursões na França e até na Inglaterra em busca de informação. Esta é uma das partes que não gostei por falta de justificativa da origem das pistas.

Neste livro, Poirot também ao que já fez em O Misterioso Caso de Styles, não dá muitas pistas, guardando o veredicto para o final e com isso acaba muita das vezes irritando seu amigo Hastings, este aproveita e fica fazendo suas suposições e afirmações sobre o verdadeiro assassino, inclusive tenta de certa forma, acobertar o que para ele seria o culpado pelo crime.

O livro como sempre e ao bom estilo de Agatha Christie é cheio de trama e pistas que ludibria nosso raciocínio, na revelação final do verdadeiro assassino, quase, mas muito quase acertei, quem sabe no próximo, é esperar para ver. Avaliei essa nota com 7,0 – bom, sou exigente e há livros da Agatha Christie melhores que este.

Capas do livro:

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quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Como Vejo o Mundo

image Como Vejo o Mundo – Albert Einstein: Neste livro, Einstein procura ressaltar seu ponto de vista sobre vários assuntos incluindo os problemas principais do homem, no campo social, político, religioso e econômico.

O livro tem seus bons momentos, mas em outras partes, se é que posso assim dizer, não são tão boas, pois descamba para uma literatura muito técnica; O livro é composto de coletâneas, tornando público diversas correspondências trocadas com personalidades da época, ponto de vista, opiniões e argumentações, etc., e talvez por isso, tenha a inconstância que já descrevi, mas o livro tem ótimas passagens na qual me permito transcrever a seguir (foi essa passagem que despertou minha curiosidade da leitura dessa obra):

“A pior das instituições gregárias se intitula exército. Eu o odeio. Se um homem puder sentir qualquer prazer em desfilar aos sons de música, eu desprezo este homem... Não merece um cérebro humano, já que a medula espinhal o satisfaz. Deveríamos fazer desaparecer o mais depressa possível este câncer da civilização. Detesto com todas as forças o heroísmo obrigatório, a violência gratuita e o nacionalismo débil. A guerra é a coisa mais desprezível que existe. Preferiria deixar-me assassinar a participar desta ignomínia.”

Em se tratando sobre o sentido da vida, Einstein descreve:

“Aquele que considera sua vida e a dos outros sem qualquer sentido é fundamentalmente infeliz, pois não tem motivo algum para viver.”

Quanto à recomendação deste livro, posso afirmar que a leitura flui muito bem do início até a metade, ficando enfadonha da metade em diante, terminando melhor, sendo assim, classifiquei com nota 6,0 - Bom, mas reco­men­do com ressalvas.

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

O Inimigo Secreto

Projeto Agatha Christieimage (2,44% concluído)
O Inimigo Secreto – Agatha Christie - Dois jovens amigos, Thomas Beresford e Prudence Cowley — ou simplesmente Tommy e Tuppence sem muito que fazer no pós-guerra e para arrumar dinheiro e o que fazer resolvem criar uma empresa de investigação – Jovens Aventureiros Ltda. , por sorte ou coincidência, logo após a criação da sociedade, assumem numa investigação para apurar o desaparecimento de uma jovem americana que está em posse de documentos e que seu conteúdo vir a público causaria comprometer o governo inglês. A mesma busca está sendo empreendida por um homem misterioso e perigoso de codinome Sr. Brown que também quer a qualquer custo tomar posse dos documentos.

A narrativa é eletrizante do começo ao fim, cheio de surpresas e perigos, confesso que neste livro consegui descobrir quem era realmente “O Inimigo Secreto”, por pouco, Agatha quase conseguiu me ludibriar.

Detetives encarregados do caso: Tommy e Tuppence.

Minha avaliação deste livro é 8,0 – muito bom.


Essa leitura faz parte do Projeto Agatha Christie, idealizado pela Tábata do Blog Happy Batatinha.

Veja o livro e o meu perfil no Skoob.

Capas do Livro:

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segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Caim

CAIM – José Saramago

image Ao estilo José Saramago, a leitura, para quem não está habituado, de início, mostra-se um pouco chata e confusa, uma vez que não utiliza dos sinais gráficos de parágrafos, de diálogos, o que acaba promovendo certo desentendimento, devendo eu, inclusive ter que reler parágrafos para poder entender os diálogos, a narração, etc.

O escritor português, Nobel de literatura e em seu novo livro utiliza do personagem de Caim para expor a todos que na bíblia existe também um deus cruel, vingador, impiedoso.
Saramago utiliza da literatura, que não tem censura, para durante as andanças de Caim, mostrar quão deus é rancoroso, como deparar com a exterminação em Sodoma e Gomorra, onde deus não perdoa nem as crianças inocentes, também na provação de Abraão, fazer “aposta” com o diabo e punir pessoas boas, como foi o caso de Jó, que mesmo na pior das provações, não traiu seu deus, mostrando aí quanto ignorantes são os homens a ponto de se sacrificar por algo que existe somente na mente das pessoas – deus.

Nas palavras de Saramago, “À Bíblia eu chamaria antes um manual de maus costumes. Não conheço nenhum outro livro em que se mate tanto, em que a crueldade seja norma de comportamento e ato quase natural."

Durante as aventuras, se assim podemos nomear, de Caim se faz algumas perguntas como, por exemplo, como todos os animais do planeta foram representados na arca de Noé? Essa e outras perguntas formuladas por Saramago e também outras que nos ocorre durante a leitura. Cheguei a me perguntar: Como não tinha pensado nisto antes? Como não fiz essa pergunta antes?

O desfecho do livro é genial, pois Caim dá cabo ao propósito de deus que após o dilúvio, repovoar a terra, mostrando assim aos leitores que esse deus que muitos temem, veneram, idolatram, também é um deus falho, passível de revés, como foi derrotado por Caim.

Classifiquei esse livro com nota 6,0 - Bom – mas recomendo com ressalvas, justamente pelo estilo de narrativa, onde partes se mostram muito confusa e de difícil entendimento.