terça-feira, 4 de agosto de 2009

Euclydes da Cunha – reporter ambiental

O pioneirismo do Brasil em reportagem ambiental acabou há 100 anos, a tiros, no subúrbio carioca da Piedade. Chamava-se Euclydes da Cunha, tinha 43 anos, era engenheiro de ferrovias e, autor consagrado, vivia de subempregos no serviço público. Deixou órfãos os escritores de sua geração que, à falta de um arraial de Canudos a uma distância confortável da Confeitaria Colombo, no velho centro do Rio de Janeiro, trataram de ambientar Os Sertões no morro da Providência. E perderam com isso o caminho das pedras.

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Foi assim, como filho postiço de Os Sertões, que nasceu no começo do século passado, junto com a favela, o mito da favela como trincheira dos desvalidos contra a opressão brutal da ordem pública, ensina a antropóloga Lícia Valladares. O livro mal passara da terceira de suas inumeráveis edições, que o levaram a correr mundo até em chinês ou sueco. E seus contemporâneos já tinham perdido, aqui mesmo, a trilha que ele desbravara em português para a descoberta do Brasil, como uma história da luta sem fim de um povo com seu território.
Leia mais aqui!
Saiba mais: Euclydes da Cunha – Wikipédia.

3 comentários:

Caroline disse...

é pena que os brasileiros não dão valor a nossa literatura... :-(

Caroline disse...

é pena que os brasileiros não dão valor a nossa literatura... :-(

Chirs disse...

Concordo plenamente, o pessoal só lê literatura em época de vestibular, porque é obrigatório...