terça-feira, 13 de abril de 2010

Os Homens que não Amavam as Mulheres

Os homens que não amavam as mulheres – Stieg Larsson

image Esta é uma obra de ficção policial do jornalista sueco Stieg Larsson (foi vítima de um ataque cardíaco pouco depois de ter entregado a trilogia Millennium), não viveu o suficiente para gozar a fama e o sucesso de sua obra.

É um exemplo de livro eletrizante que prende você do início ao fim da trama. Protagonizado pelo jornalista da revista Millennium – Mikael Blomkvist que está condenado por difamação de um grande empresário sueco, por conta disso, deixa a redação da revista, e nesta situação é atraído por outro grande empresário do grupo Vanger - Henrik Vanger para escrever sua biografia, na verdade, é somente um estratagema para investigar o paradeiro de sua sobrinha Hariet Vangler, uma jovem herdeira de um grande império empresarial;

Henrik está convencido que Hariet fora assassinada por alguém de sua família, e como um tormento, em seus aniversários, recebe uma flor emoldurada e isto aumenta mais ainda o seu sofrimento por não ter resposta e tenta sem sucesso elucidar e desvendar esse mistério desde o ocorrido.

A investigação flui num ritmo alucinante com novidades a cada dia e torna ainda mais intensa com o surgimento de uma hacher, ladina e anti-social – Lisbeth Salander, dona de uma memória fotográfica e expert em fuçar a vida dos outros, Lisbeth ajuda Mikael na investigação e os coloca nos trilhos certos para desvendar o grande mistério da vida de Harriet e como bônus, entrega a Mikael um dossiê que pode sustentar e publicar as denúncias contra Wennerström que anteriormente levou a sua condenação, podendo assim limpar seu nome e reerguer a revista Millennium.

Ao final, o desfecho é surpreendente, digno de um Agatha Christie, como propriamente declarei para minha esposa durante a leitura: ”é um Agatha Christie de quinhentas páginas”. Gostei também foi de minha busca à explicação da origem do título: Os homens que não amavam as mulheres, pois sempre é muito gostoso buscar a origem do nome da obra, não é mesmo?!

Um dos pontos que não se tornou claro para mim neste livro foi a origem problemática e anti-social da hacker, já que ela teve uma grande participação na história, deveria ter elucidado melhor seu passado e a origem deste seu comportamento, acredito que no próximo livro da trilogia, esse mistério venha à tona.

O livro tráz estatísticas surpreendentes sobre a violência contra a mulher sueca, e por tratar-se de um país escandinavo, consabido mantenedor de uma das maiores democracias do mundo, célebres cultivadores da igualdade entre os gêneros, é excepcionalmente um paradoxo essa estatística.

Recomendo a leitura, classifiquei esse livro com uma nota 9,0 – excelente.

Site da Trilogia Millennium

 

2 comentários:

Marcia disse...

Estou na mesma situação de vc, quero saber mais sobre o passado da Hacker, comecei a ler o segundo da trilogia, espero que apareça esses detalhes! Livro muito bom, nota 9,0!

Mi Müller disse...

Eu gostei desse livro não tanto quanto tu mas é bem legal, estou com o segundo da trilogia empacado desde outubro não consigo ir em frente, achei ele mais do mesmo mas ainda termino! Adorei tua resenha!
estrelinhas coloridas...